BRUNA NARDELLI
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Middlesex, em Londres, em parceria com o Instituto de Pesquisa em Ciências Matemáticas de Berkeley, na Califórnia, revelou que os homens são mais resistentes ao uso da máscara de proteção facial do que as mulheres. O objetivo principal do estudo era compreender como a questão de gênero interfere na utilização desse importante equipamento de proteção individual.
Foram analisados 2.459 cidadãos norte-americanos, sendo metade deles homens. O resultado concluiu que pessoas do sexo masculino tendem a desrespeitar mais as instruções de segurança aliadas da luta contra o coronavírus porque o uso de equipamentos de proteção pode representar um “sinal de fraqueza”, “não ser legal” ou ser “vergonhoso”, na fala dos próprio entrevistados.
Homens são os que mais se recusam a usar máscara de proteção facial. “Sinal de fraqueza”, alegam
Segundo os pesquisadores, “homens estão mais propensos a acreditar que não serão seriamente impactados pela doença”, o que escancara sinais claros de machismo estrutural, como aquele que prega que as mulheres são o sexo frágil. Apenas pelo gênero, os homens tendem a achar que suas chances de sobreviver à pandemia são maiores, o que não passa de uma conveniente ilusão.
Vale lembrar que pesquisas realizadas no mundo inteiro mostram que mais homens morrem em decorrência da Covid-19 que mulheres.