Todos anos as ruas algumas ruas de Porto Velho amanhecem com a figura de Judas em diversos pontos. Vários moradores se reúnem para confeccionar e destroçar simbolicamente, sem dó nem piedade o pior malfeitor do ano.
O alvo retratado em um boneco de pano recheado de capim e serragem é pendurado em postes, muros e telhados de residências, leva chutes, pauladas e, no fim é queimado pelos moradores.
Há um bom tempo os políticos brasileiros tem sido a figura preferida para ser retratada nos bonecos, e eles têm dado inúmeros motivos para esse grau de insatisfação popular, que é extravasada, como que num recado direto a eles, no chamado sábado de aleluia que na tradição católica acontece entre sexta-feira santa e o domingo de páscoa.
Esse ritual chamado de malhação do Judas sobrevive em vários outros locais de Porto Velho. Nosso site já divulgou em 2011 a Vila Tupi, onde os moradores levam a sério essa tradição.
A brincadeira chegou ao Brasil junto com a colonização portuguesa. Ela representa o julgamento popular contra Judas Iscariotes, um dos apóstolos que teria acompanhado Jesus Cristo. Judas teria traído Jesus e o entregue ao Sinédrio, conselho supremo e representação dos Judeus perante os romanos em troca de dinheiro.
Assim como várias outras tradições do catolicismo, a malhação do Judas tem sua inspiração segundo alguns historiadores em antigos rituais.
Se na sua rua também tem um desses, mande a foto nos comentários.