“Jair Bolsonaro demorou a perceber. Mas o coronavírus empurrou o Brasil real para dentro dos gabinetes de Brasília." – Josias de Souza, jornalista.
1-Comunicação alternativa
Tenho restrições às redes sociais. O desserviço prestado é maior que o que é entregue. Defendo, porém, que existam e livres de amarras, mas o Brasil ficou muito dependente delas. Pior, posts vetados ao sabor do invisível “Sheriff da Rede”, num descrédito para autoridades e instituições, como coisa comum. Ainda que a causa seja nobre, vejam o comunicado da “Rede”: “O Twitter anunciou recentemente em todo o mundo a expansão de suas regras para abranger conteúdos que forem eventualmente contra informações de saúde pública orientadas por fontes oficiais e possam colocar as pessoas em maior risco de transmitir Covid-19”.
Como ficará a autoridade se seu post for deletado – e já foi com Bolsonaro – por não ter passado pelo crivo “sheriff”? Opto e creio na imprensa tradicional e a oficial, pois uma coisa é uma coisa e a outra você sabe…
2-Grossura dispensável
Como aliado, mas não alienado, tento entender o que se passa com o presidente Bolsonaro. Ao dizer que o ministro Mandetta extrapolou e que precisa ser humilde, mostrou a face do inseguro que está nas cordas. Ora, ministros são todos demissíveis “ad nutum” sem que tenham de ser submetidos à humilhação e “fritura”.
Sei que seu linguajar é rude, mas ontem quem extrapolou foi Bolsonaro que chegou a ser desleal e deselegante ao submetendo seu ministro à humilhação pública, o que é inaceitável. Talvez seja a hora de trocar a máscara pela mordaça e calar a boca.
3-Cupins de Brasília
Retorno ao tema batucando a mesma tecla pelo absurdo que representa. A elite do setor público que nada produz a não ser leis, decretos, normas e o escambau, está dando uma de gato morto. Empresas, empresários, trabalhadores inclusive no serviço público estão bancando o custo da crise com empregos suprimidos, empresas quebradas um futuro incerto e tudo ao mesmo tempo agora, mas nada se fala em termos de corte. Salários, ajudas, verbas de gabinete, estão como sempre. Para se ter uma ideia o país gastou R$928 bilhões com servidores em 2019 e estão intocados R$2 bilhões para uma eleição que pode nem ocorrer. O único sacrifício é ficar longe das noites de Brasília. E os cupins da república continuam atacando. Gordos e improdutivos.
4-O grande mentiroso
O que surgiu de “fiscal do povo, justiceiro do povo, amigo do povo, defensor do povo”, fazendo campanha aberta para as próximas eleições, não está no gibi. Pintou fila, buraco, alagação e lá estão eles. Celular fazendo lives, língua afiada para o discurso vazio e solução fácil e, apenas para variar, inexequível. Nem param para falar de projetos e pedir votos. Bastam os views e likes na rede social que conta com zilhões de seguidores e visualizações. Sem projetos, sem cultura, dão voz ao povo com justa razão insatisfeito, muda o foco, sorri e “pau no prefeito”. Se você tem paciência ou quer mostrar que “bomba na rede” siga o mentiroso e divulgue. Seja um otário a seu serviço. Mas na hora de votar escolha outro. Administração não se faz pelo facebook.
5-Dinheiro chegando
No Brasil quase todo mundo tem um telefone celular e poucos têm telefones fixos. Ocorre que para habilitar-se a receber o auxílio-emergencial de R$600,00 você tem que acessar um site do MDS (https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/consulta_cidadao/) – continua instável – e aí é preciso ter um computador ou smartphone ou usar uma Lan-house que estão fechadas. Se você não tem nada disso a solução é para o 0800-707-2003 e aqui a porca torce o rabo. Pouca gente tem um telefone fixo e existem poucos orelhões nas ruas. Pobre é como cachimbo só leva fumo.