O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira que o governo suspenderá por dois meses os reajustes de medicamentos no país. A medida faz parte das ações para combater o coronavírus. A suspensão foi publicada na noite desta terça-feira em edição extra do Diário Oficial da União.
O anúncio foi feito no perfil de Bolsonaro no Facebook. “Em comum acordo com a indústria farmacêutica decidimos adiar, por 60 dias, o reajuste de todos os medicamentos no Brasil”, escreveu o presidente.
A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) havia previsto reajuste da ordem de 4% para repor a inflação e as perdas com a variação cambial a partir desta quarta-feira. Apenas os medicamentos ligados à Covid-19 teriam o aumento de preços postergado.
Segundo Henrique Tada, presidente-executivo da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac), a suspensão dos reajustes é importante no atual momento da economia, em que os brasileiros estão em quarentena e com medo de perderem seus empregos. Tada disse que foi a própria Alanac que enviou o pedido de postergação do reajuste por dois meses. Ele lembra que um aumento de 4% seria aplicado entre março e abril, data anual de correção.
— O reajuste reflete os aumentos nos custos do último ano, quando o dólar teve um avanço em relação ao real. E o Brasil importa 90% das matérias-primas. Por isso, o aumento seria relevante. Pedimos um adiamento dos reajustes até que a situação se normalize — comentou Tada
O Sindusfarma, que representa a indústria farmacêutica, declarou ao Jornal Nacional que não foi consultado sobre a suspensão do aumento.
News Destaques
Todos os direitos reservados. © News Rondonia - 2021.