Criminosos têm se aproveitado da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus para fazer mais vítimas de golpes virtuais. O principal deles se utiliza do auxílio de R$ 600, aprovado nesta segunda-feira (dia 30) pelo Senado. Por meio de mensagens compartilhadas pelo WhatsApp, os golpistas enviam links maliciosos que, ao ser acessados, podem roubar dados das vítimas. Segundo o laboratório de segurança digital da PSafe, mais de 4,5 milhões de brasileiros já acessaram esses links sobre o "coronavoucher", mas o conteúdo deve ser apagado.
O número de vítimas aumentou mais de quatro vezes em uma semana. No último dia 24, esse golpe tinha atingido cerca de um milhão de brasileiros. Na ocasião, o governo federal havia anunciado que pagaria aos trabalhadores informais um voucher no valor de R$ 200.
Na última quinta-feira (dia 26), porém, a Câmara dos Deputados aprovou o pagamento do auxílio com um valor maior, de R$ 600. As mulheres chefes de família vão receber R$ 1.200. O projeto foi aprovado nesta segunda-feira pelo Senado, e a expectativa é que seja sancionado nesta terça-feira (dia 31) pelo presidente Jair Bolsonaro. O pagamento será feito pela Caixa Econômica Federal.
Serão beneficiados todos os trabalhadores que não têm carteira assinada, como autônomos e microempreendedores individuais (MEIs).
Como funciona o golpe
Os usuários recebem, por meio de aplicativos como o WhatsApp, uma mensagem sobre o auxílio de R$ 600 pedindo para que acessem um link e preencham um formulário para que então tenham direito ao saque. Essas mensagens podem ter sido enviadas por parentes ou amigos, que compartilham sem saber que se trata de um golpe.
A PSafe, no entanto, informou que existem diversos links por onde este ataque está sendo disseminado.
Grande parte dos links maliciosos têm o objetivo de roubar dados pessoais e financeiros das vítimas ou levá-las a páginas falsas para visualizar publicidades excessivas.
Saiba como evitar cair em golpes
– Evite clicar em links de mensagens que ofereçam brindes, prêmios ou benefícios.
– Desconfie de informações sensacionalistas ou ofertas muito vantajosas e busque fontes confiáveis.
– No caso de mensagens que tratam de assuntos governamentais, como benefícios sociais e questões de saúde pública, busque a informação em sites oficiais, como do Ministério da Economia e do Ministério da Saúde.
– Não compartilhe mensagens sem antes verificar se a informação é verídica e se os links são seguros.
– Utilize soluções de segurança no celular que oferecem a função de detecção automática de 'phishing' (roubo de dados) em aplicativos de mensagem e redes sociais.