Oito meses do brutal assassinato da idosa Ângela Cortez de Moraes o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ/RO) definiu a data do “veredicto”.
O julgamento de Felipe da Silva Rocha, 21 anos, está marcado para o dia 7 de abril, com previsão de início para as 8h30 da manhã, na 2ª Vara Criminal em Porto Velho. Por enquanto não sabe se a data vai ser mantida, pois é justamente neste período que o governo federal prevê um cenário preocupante no país por conta do covid-19.
Em dezembro, de 2019 o delegado da Polícia Civil Valney Calixto, responsável pela investigação encerrou o inquérito criminal oferecendo a denúncia em desfavor do réu, Felipe da Silva Rocha ao Ministério Público de Rondônia (MP/RO).
O homem estava escondido em um sítio de parentes, localizado na Br-319. Em todos os interrogatórios Felipe negou a autoria do crime. Porém, no material genético encontrado na cena do crime e no corpo de Ângela atestou positivo para o DNA do acusado. Os familiares de Ângela, ainda bastante abalados acreditam na justiça.
“Eu espero, espero que a lei possa ver, que Deus acima de todos nós possa dar a sentença que ele (Felipe) merece pelo ato que cometeu. Pelo ato que causou na nossa família e está causando até hoje. Não vai ser a condenação dele, talvez por 30, 50, 60 anos que vai trazer a minha Vó ou que vai diminuir a nossa dor. Porque essa é uma dor que nunca, nunca vamos suportar”, declara a neta, Ellen Priscila Cortez de Moraes.
O crime
Um vizinho apontado com sendo parente do suspeito foi o primeiro a estar na cena do crime e avisar um familiar da vítima. Desde a morte do marido e da ida do neto para São Paulo, Ângela morava sozinha, no distrito de Abunã, localizado a 216 KM de Porto Velho (RO). Vítima e suspeito eram conhecidos e moravam a centímetros um do outro.
“Que ele (Felipe) pague pelo que fez, pelo ato de covardia e monstruosidade contra a minha avó. Ficamos um pouco aliviado em saber que graças ao delegado Valney Calisto da Polícia Civil que trabalhou em prol para descobrir quem fez isso com a minha Vó e encontrou provas suficientes contra ele”, agradece, Ellen Priscila Cortez de Moraes.
Nas horas que antecederam ao assassinato, Ângela havia participado de um culto, ela era evangélica. Segundo informações a idosa chegou deixou o culto por volta das 10 horas da noite, mas primeiro passou na casa de uma vizinha, onde deixaria uma fatia de bolo. Em seguida foi embora. Desde então Ângela nunca mais seria vista com vida.
O sentimento que nós tivemos quando ele (Felipe) foi preso foi de alivio. Hoje nós sentimos uma esperança de que esse homem vai pagar pelo crime cometeu. Esse crime hediondo, cruel com uma pessoa que não merecia. Hoje, apesar de quase oito meses a sensação é como se nós tivéssemos vivendo às oito horas do acontecimento.
A gente não tem palavras para expressar a tristeza que a família sente ainda. O que esperamos desse julgamento? Que Felipe pague, que a justiça dê a ele o máximo de tempo na cadeia para ele pagar, lembra a filha de Ângela, Cristina Cortez de Moraes.
Felipe da Silva Rocha será julgado por estupro e latrocínio (roubo seguido de morte).