“No final do ano de 2019, já no mês de dezembro apareceu lá pela Ásia, mais precisamente na poderosa e populosa China um vírus, que a princípio parecia ser mais um de tantos outros registrados naquele país até então. Seu nome: Novo Coronavírus ou Covid 19. Então, se era o Novo, já existira outros antes.
Wuhan, uma metrópole com 11 milhões de habitantes, localizada no centro da China surgiu como o epicentro do 2019-nCoV, e logo nos primeiros dias infectou cerca de 400 pessoas, atestaram as autoridades sanitárias. Depois os números foram crescentes e menos de três meses depois chegou à casa dos 170 mil infectados e pelo menos 6.850 mortos e a doença espalhou-se por 140 países.”
Este talvez seja um texto a ser escrito daqui há alguns anos. E quem ler não vai sentir a apreensão que nós estamos sentindo hoje. Talvez como nossos ente queridos que viveram a gripe espanhola, ou um pouco mais atrás a peste negra. Os dados certamente serão importantes para estudos, mas nenhuma ameaça para as gerações futuras.
Habitante de Porto Velho, um pedacinho de chão da Amazônia com pouco mais de meio milhão de habitantes, estou a pensar com meus botões se haverá solução para nós cidadãos que vivemos tão distante dos grandes centros, onde os recursos sanitários e de saúde ainda são precários, se teremos chance de sobreviver a um ataque de fúria do Covid 19. Ai alguém me diz: e nos grandes centros todos estão sendo atendidos? Não sei. Vivemos em um mundo moderno, onde as informações continuam muito tendenciosas. Não dá para saber com segurança em quem acreditar de verdade. Rádios, jornais, TVs e sites repetem o que dizem autoridades, algumas com uma ou outra interpretação. Quanto às autoridades, estas dizem aquilo que é conveniente dizer no momento.
Amigos e familiares, agora só online. Cultos e missas também online. Trabalho? Eu já trabalho em casa faz tempo. Quem chega de viagem tem que aguardar em quarentena por pelo menos sete dias, mesmo eu não tenha sintomas. Mas ainda assim tem gente que não está atendendo a orientação. O que é lamentável, pois põe em risco a vida dos demais.
Li ou ouvi depoimentos de pessoas que estão na Itália e é de cortar o coração. Uma amiga de Treviso conta que só sai para o supermercado uma vez por semana. Toda a família está confinada no apartamento. Em outros depoimentos, duas brasileiras moradoras da região da Lombardia, onde o Corona está comandando a vida de todos, relataram aos amigos por meio do whatsapp, a situação sofrida e que têm vivido em isolamento, com desabastecimento e até humilhação.