O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou, nesta quinta-feira (20/02/2020), que o envio da reforma administrativa ao Congresso Nacional deverá ser feito apenas depois do Carnaval.
A declaração foi feita na entrada do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente, onde jornalistas aguardavam a chegada de Bolsonaro.
“Vamos deixar para depois do Carnaval, né?”, disse o chefe do Executivo federal que, mais cedo, durante evento no Palácio do Planalto, afirmou que a proposta estava madura, apesar de ainda não estar finalizada.
Mais cedo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a proposta da reforma administrativa poderia ser enviada ao Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta sexta-feira (21/02/2020). Ele deixou aberta a possibilidade de ela ser entregue, porém, após o feriado.
“Presidente [Bolsonaro] vai mandar. Está fazendo os últimos toques dele lá. Pode ser amanhã [sexta-feira], pode ser depois do Carnaval. Ele está fazendo os últimos ajustes”, disse o ministro na ocasião.
A declaração foi feita após Guedes participar de reunião para a assinatura de um acordo entre o Ministério da Defesa e o Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES), que visa fomentar a Base Industrial de Defesa.
Em linhas gerais, a proposta pretende diminuir o número de cargos e de servidores, permitir contratações temporárias, acabar com promoções automáticas por tempo de serviço, além de deixar a estabilidade restrita a algumas carreiras.
A definição do texto sofreu atrasos após o governo tentar usar projetos de lei do Congresso para avançar nas mudanças que pretende implementar. Outro motivo para o envio da reforma ter patinado foi a polêmica criada quando Paulo Guedes, ao defendê-la em palestra, comparou os servidores a “parasitas”.
“O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega ao povo e ele quer aumento automático”, disparou Guedes ao se referir aos servidores.