"Este livro tem o objetivo de semear o respeito a todas as pessoas. Nele eu conto histórias verdadeiras de familiares, amigos, acadêmicos, membros de igreja e pastores homoafetivos os quais conheci ao longo de meus 57 anos de idade, em Pernambuco, na Europa e em Rondônia", explicou o professor Moisés Selva Santiago, na noite do último dia 14, no lançamento do livro "50 Anos de Homoafetividade", ocorrido na Biblioteca Francisco Meireles, em Porto Velho.
A programação contou com a presença de representantes dos Correios, Embrapa, Unir, Tribunal de Justiça, Maçonaria e de outros setores da sociedade. "Este livro tem o objetivo de semear o respeito a todas as pessoas. Nele eu conto histórias verdadeiras de familiares, amigos, acadêmicos, membros de igreja e pastores homoafetivos os quais conheci ao longo de meus 57 anos de idade, em Pernambuco, na Europa e em Rondônia", explicou o autor.
O evento contou com um simpósio que abordou o tema da homoafetividade a partir da compreensão do prof. Thonny Hawany (mestre em Educação); da profa. Sandra Dutra (especialista em Direito); e do jornalista Gustavo Sanfelici (especialista em Gestão Cultural). Foram abordadas questões sobre direitos humanos e inclusão LGBT no contexto trabalhista e educacional; e sobre a legalidade civil e religiosa da união homoafetiva. Além disso, artistas plásticos expuseram obras de fuxico e pintura em tela.
Para Núbia Santos, atendente comercial dos Correios, "o lançamento desse livro foi um evento maravilhoso, uma bênção, porque essa experiência me ajudou bastante. A gente diz que não tem preconceito, mas tem sim, e num momento assim a gente vai quebrando paradigmas e aprendendo a dar valor, amar e a respeitar o próximo como ele é, como Deus nos ensinou". O acadêmico de filosofia e artes visuais da Unir, João Vieira, disse que "o livro tem grande importância porque foi escrito por uma pessoa que não é homoafetiva, mas que defende o respeito entre mulheres e homens héteros e homos, coletivamente."
"Eu já li o livro e fiquei impressionada com a maneira delicada, respeitosa e singular com a qual o autor escreveu, porque eu me vi nos lugares onde as histórias aconteceram. Em alguns momentos fiquei emocionada, porque o autor descreve cenas de pessoas que realmente existem e passam pela vida da gente e deixam marcas. Meu depoimento é que esse livro me trouxe muito conhecimento e reflexão no meu coração para que a gente ame e zele as pessoas independentemente de qualquer situação", comentou Carla Silva, bióloga e acadêmica de Farmácia.
"Me senti lisonjeada em participar deste evento, onde minha namorada e eu nos identificamos como parte de uma sociedade que precisa de respeito, tão somente respeito. Perceber que por vezes esquecemos que precisamos ser identificados como parte de um grupo comum que deve ter seus direitos reconhecidos como todo e qualquer ser humano e para que isso aconteça é preciso que haja diálogo constante em nossa sociedade, gerando assim melhor compreensão e entendimento dos fatos. É uma honra ter a amizade de Moisés que, na condição de homem, pastor, jornalista, escritor, pai, esposo, amigo, sempre encontra oportunidades de fazer do convício com o outro uma excelente oportunidade de se aproximar do amor divino", expressou Kássia Cruz.
O autor é jornalista dos Correios e, segundo a psicóloga Josenilde Lima, "esse livro vem para mostrar com simplicidade, clareza e respeito que o amor pode vencer qualquer preconceito ou achismo que se tenha desde a infância. Pelo decorrer da vida dele, Moisés poderia ser uma pessoa altamente preconceituosa, não só pela formação enquanto pastor batista, mas também pelas pessoas com as quais conviveu. Entretanto, o livro não levanta bandeiras e nem ofende ninguém e está disponível no site editoracrv.com.br", concluiu.