Zona Leste, Porto Velho – As feiras livres existem tradicionalmente em todas as Capitais do País. Nelas se encontram de tudo. De frutas, pescados, carnes, calçados a produtos hortifrutigranjeiros. Além de artesanato e pastéis gigantes de carne e frango.
Na futura feira sustentável idealizada pela Associação de Ação Popular Integrada de Hortifrutigranjeiros da União (AAPIHGU), credenciada pelo Governo Federal através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), 'os chacareiros pretendem, além desses produtos em série, oferecer alimentos saudáveis com preços mais atrativos'.
A presidente da entidade, chacareira Gabriela Ortiz Camargo, 46, o objetivo é concentrar todos os nossos Associados em local próprio, dentro do próprio Setor Chacareiro que possuam mercadorias para comercialização colhidos direto da roça'.
Segundo ela, em vez de uma feira funcionar apenas um dia da semana, o Setor Chacareiro proporcionará três dias alternados, nos sábados, domingos e feriados'. Para isso, o projeto-modelo a ser posto em prática pela AAPIHGU encontra-se em sua fase final de aprovação, podendo existir tão logo venhamos concluir o barracão para exposição dos produtos, assegurou Gabriela Camargo.
A iniciativa nasceu à alguns anos, mas, como os chacareiros do Jardim Santa e região da Estrada dos Periquitos não encontraram apoio nos gestões passadas, desde janeiro o projeto ganhou força com a sua discussão junto aos Escritórios Locais da EMATER. Na gestão do Dr. Luciano Brandão e José de Arimateia, à frente dessa empresa, somado ao apoio do secretário da Agricultura do Estado, Evandro Padovani, 'tudo caminha para dar certo até a primeira semana de dezembro que vem', completa a presidente da AAPIHGU.
Além da oferta de produtos tradicionais do segmento de hortaliças, tubérculos (batatas, inhame e macaxeira), a estratégia da Coordenação da Feirinha do Setor Chacareiro Jardim Santana e Região, é oferecer à população produtos frescos plantados e colhidos pelos próprios agricultores – sem uso de agrotóxico – e a preços diferenciados de outras feiras e mercados locais.
– Serão três dias, em série alternada, de opção para muitos consumidores que desejam comprar produtos hortifrutigranjeiros, doces, salgados, compotas de frutas e iguarias. Além dos tradicionais pastéis e artigos artesanais, esses como guardanapos em bordado, souvenires e objetos em cerâmica, informou a presidente da AAPIHGU.
Afora os hortifrutigranjeiros, a intenção dos dirigentes dos chacareiros do Jardim Santana e região, também, é explorar o máximo do potencial das grades de alimentos produzidos sob a orientação e gestão da entidade. Sobre o assunto, este site apurou, no entanto, que, 'no futuro, conforme entendimento mantido com a EMATER, SEAGRI e com o governador Marcos Rocha, é transformarmos o setor chacareiro em Pólo de Turismo'.
Segundo revelou, 'com a ajuda desses órgãos de Governo, além do apoio marcante da Superintendência Estadual de Turismo (SETUR), em breve, a renda e a manutenção do emprego de centenas de chacareiros, estará assegurada e, certamente, teremos melhor qualidade de vida'.
Em se transformando o Setor Chacareiro em um Pólo Local de Atração Turística concentrado nas atividades hortifrutigranjeiras, da gastronomia (vendendo boa comida a céu aberto da Zona Leste) e produtos orgânicos, sem uso de agrotóxicos, 'todos, nós, chacareiros, ofereceremos opções para muitos consumidores que desejam comprar, verdadeiramente, hortifrutigranjeiros saudáveis', arrematou a presidente Gabriela Camargo.