Com o objetivo de verificar a autenticidade dos áudios vazadas para o Programa a Hora do Povo exibido na rádio Rondônia, o jornalista Alessandro Lubiana entregou uma pasta para o Procurador Geral de Justiça de Rondônia, Aluildo de Oliveira Leite e para o Presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia, Walter Waltenberg Silva Junior. Foram entregues, em um pen drive, 26 pastas contendo mais de uma centena de arquivos de áudios. Neles constam conversas entre os ex-delegados da Draco 2 e agentes da Polícia Civil, que num grupo de WhatsApp, conversavam sobre fatos relacionados as operações que estavam em andamento. Há trechos, com vós supostamente, da promotora Aidee Maria e outros membros do MP.
Na conversa com o procurador geral foi informado que já existe um procedimento de investigação sobre o conteúdo vazado para a imprensa. Segundo o procurador, será feita também uma perícia para verificar a autenticidade das vozes que aparecem nos áudios.
No Tribunal de Justiça, o desembargador presidente demonstrou perplexidade em relação aos áudios e disse que espera uma rigorosa a apuração dos fatos. Disse que quem está exercendo o cargo público precisa estar atento para não transgredir. Disse que a inteligência do órgão vai fazer uma análise no conteúdo entregue.
O jornalista Alessandro Lubiana disse que decidiu entregar porque não queria ficar com o material sem passar por uma verificação mais profunda e que pretende contribuir para que os fatos sejam esclarecidos. No MP acompanharam Alessandro Lubiana, o também jornalista e apresentador, Everton Leoni. No Tribunal de Justiça acompanharam os jornalistas Gerson Costa e Carlos Caldeira.
O caso
Os ex-delegados atacam o promotor Shalimar Christian Priester Marques, chefe do Gaeco. Chamam o governador de “babaca”. Ofendem a prefeita de Cacoal, Glaucione Rodrigues chamando de “rapariga e vagabunda”. Afirmaram que induziram um desembargador ao erro com uma prova manipulada. Manifestaram desentendimento com o juiz Carlos Roberto Burck, que neste caso, semanas depois fizeram busca e apreensão em sua residência. Neste caso, o juiz registrou ocorrência por abuso de autoridade.
Além de todos esses fatos vem o mais grave. Esses delegados prenderam pessoas e fizeram busca e apreensão com base em prova ilegal, na operação Pau Oco. Pode se perceber nos áudios que eles tinham pretensões políticas.
O que causa estranheza também é toda lambança passar despercebida pela promotora do Meio Ambiente Aidee Maria. A pergunta que fica é. Foi descuido? A promotora foi uma vítima dos delegados. Essa mesma pergunta se aplica ao diretor geral da Polícia Civil de Rondônia, Dr. Samir Fouad Abboud. O delegado geral também é uma vítima dos delegados? Em vários áudios os ex-delegados da Draco 2 lançaram diversas acusações sobre a cúpula da PC de Rondônia.