GUAJARÁ-MIRIM, RO – A parte maior da importação ilegal de armas de fogo, acessórios e munições que entram pelas fronteiras do Brasil com seus vizinhos sempre teve como fonte principal os Estados Unidos de Donald Trump. O País lidera o uso individual e coletivo de armamentos leve e pesado de todo o mundo.
É de lá que armas de foto e projeteis proibidos no Brasil são importados em grande escala. Pelas fronteiras da Sudamerica (América do Sul) – não é de hoje que isso acontece – que os cartéis internacionais usam parte das divisas brasileiras com o Paraguai, Bolívia, Peru, Colônia, Venezuela e as Guianas (Holandesa, Francesa e Inglesa).
A rigor, as fronteiras brasileiras são desguarnecidas e os pelotões do Exército Brasileiro 'não possuiriam toda a logística necessária, nem equipamentos e pessoal à contento para inibir a entrada de armamentos (pesados ou leves), acessórios e munições adquiridas pelas quadrilhas', desabafa ex-delegado que atuou nos atos 90 em várias missões nesta parte da Amazônia Brasileira.
Segundo ele, 'é óbvio que o contrabando ou descaminho estão longe de serem combatidos, efetivamente'. As zonas não policiadas pelas Forças Armadas e Policiais de Fronteiras (terrestre, aérea, marítima e fluvial) seriam maiores e sempre houve um grande vácuo, 'e que sempre fizeram de nossas fronteiras verdadeiras portas abertas', admitiu o ex-agente do Estado Brasileiro – que se confessa homem amante das Amazônias.
Nessa parte do Estado, especificamente nos territórios da Bolívia com municípios do Vale do Guaporé (a jusante e a montante de Pimenteiras do Oeste, Cabixi e Guajará-Mirim), ainda com vales não pisados pelas forças brasileiras a partir dos rios Itinez e Mamoré, a entrada de armas, munições e acessórios importados do mercado norte-americano, como o carregamento apreendido em poder de milicianos na região dos Lagos, no Rio de janeiro, 'sempre encontraram facilidades para adentrar ao Estado'.
'Não é à toa que, conhecidos traficantes de armas, acessórios e munições rondonienses, sulistas e sudesinos continuariam transitando com bastante desenvoltura nos mercados que absorveriam o 'tráfico formiguinha' de equipamentos leves e pesados de uso restrito, inclusive, das Forças Armadas norte-americanas e brasileiras nessa parte da Amazônia ocidental Brasileira', assinala a mesma fonte à reportagem deste site de veiculação de notícias.
– Tão fácil é comprar armas e munições em canais abertos e escancarados das fronteiras brasileiras que, um acadêmico de Direito, de Guajará-Mirim, foi preso pela Polícia Federal depois de denúncias anônimas e investigações mais aprofundadas, adiantou o interlocutor que muito colaborara com a ex-Agência de Notícias da Amazônia, sediada no Distrito Federal (DF) nos anos 2006-16.
Armas de fogo, acessórios e munições de uso restrito das forças armadas norte-americanas entram no mercado brasileiro com a mesma facilidade com que adentram as drogas (cocaína, maconha, crack, Extase ou LSD), bebidas, cigarros, perfumes e importados eletroeletrônicos produzidos nos países que integram os Tigres Asiáticos. Os armamentos e drogas, ainda detêm a preferência entre os traficantes e contrabandistas ainda não presos nas fronteiras do Norte e Sul do Brasil.
'Prevenir e reprimir o tráfico formiguinha de drogas seria a primeira lição do ABC a ser dada às forças de segurança acantonadas na Amazônia Ocidental e Oriental', aponta a fonte anônima deste site na fronteira bi-nacional, cujo reconhecimento recebido por longos anos dedicados ao combate ao crime organizado é público e notório nos países vizinhos com o Brasil.
De acordo com o que disse, 'todos sabem que o maior viés do tráfico de armas, acessórios e munições passa pelos lojistas norte-americanos com fornecimento em massa para todos os mercados da América Latina. E dos países latinos, fuzis, pistolas, metralhadoras e munições ilegais chegariam em 'mala direta' aos morros cariocas, gaúchos e paulistanos, ironizou e completou o renomado ex-delegado brasileiro.