MANICORÉ, AM — Tornou-se um grande tormento às comunidades locais desta parte do Estado, a presença de elementos desconhecidos vindos do lado rondoniense e que acabam presos durante as abordagens de rotina e recambiados aos seus Estados de origem.
Um desses elementos — que não teve a identidade revelada pela Polícia Militar local, foi o caso de um foragido de 30 anos egressos do regime semi-aberto do Presídio Estadual Dr. Ênio Pinheiro (O Pandinha). Detido e preso, ele confessou que cumpria pena por tráfico de drogas na cidade de Porto Velho.
Outros elementos têm sido detidos e levados à Delegacia local que tem providenciado a transferência após comunicado às autoridades do lado rondoniense. Por ocasião das festas do calendário turístico, como a 'Festa da Melancia', evento que chega atrair mais de duas terças partes da população local, segundo policiais militares, 'sempre nas abordagens é identificado um grande número de suspeitos e na hora H, confessam terem algum problema com a Justiça daqui ou de outro Estado'.
Da mesma forma, localidades onde predominam povos tradicionais também se registra uma grande incidência de elementos vindos dos estados do Acre, Rondônia, Mato Grosso e de países como a Bolívia e Peru esses na condição de imigrantes ilegais – como algum problema com a Polícia ou com o Judiciário de origem. Na vizinha cidade de Humaitá, cerca de 200 quilômetros da Capital rondoniense, tem se registrado a presença de elementos procurados pela Justiça de quase todos os Estados brasileiros.
De acordo com informações, 'a maior frequência de foragidos tem sido registrada em ramais e linhas de acesso à fazendas tocadas por migrantes do Sul e do Mato Grosso'. Ao longo da BR-319, as localidades amazonenses que abrigam assentados em meio a agricultores, lenhadores e caboclos dos grotões da região, têm sido os lugares favoritos de apenados de outros Estados. Uma fonte policial lembrou, na ocasião, a prisão do temido narcotraficante Roque Santeiro, um dos braços direito do narcotraficante de Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia, Maximiliano Munhoz Dourado, o MAX, preso numa fazenda nas proximidades da Vila de Açuanópolis , no quilômetro 70, e a 130 de Humaitá.
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