“Não acho que mulheres podem aparecer anos ou décadas depois e fazer acusações contra homens sem nenhuma prova concreta. Elas precisam agir de forma justa. Está errado fazer acusações sem provas.” – Camille Paglia, escritora feminista americana
O quadro exposto após 100 dias de governo, lá e cá, está mais para perplexidade que para aplauso ou vaia. Os sempre encantados pelo poder jogam purpurina enquanto os mal humorados por natureza apupam. Sei que o quadro é pobre e feio apesar daquilo que ocorre por gravidade mas que só tangencia nossas demandas. Alvo de críticas, o Executivo se abaixa e apanha, mas e o Legislativo de lá e de cá em que soma para melhoria do quadro? Antes é dar o remédio. Chutar o cachorro morto é desnecessário.
A grande obra do Congresso Nacional até hoje foi demonstrar que a política continua a de sempre: se mandar eu voto desde que dando o que quero. E o executivo enviou os projetos de previdência, reforma, reorganização ministerial, segurança, anti-corrupção e o Congresso é um “gato morto”. Projeto legislativo nem pensar. Por aqui o executivo é pobre de propostas para o legislativo inerte. Aí sobram aplausos e vaias. É a treva!
O sonho do imposto único ainda é distante, mas alguns números começam a surgir da cabeça de Bernard Appy que foi o secretário executivo da Fazenda por dois mandatos. Por sua proposta o Brasil pode elevar o PIB em 15 pontos percentuais em 10 anos. A idéia é juntar ISS, ICMS, IPI, PIS e Cofins no IBS-Imposto de Bens e Serviços, tipo IVA de vários países. É simples: o incremento vem da produtividade das empresas e do dinheiro usado para calcular e efetuar o pagamento dos impostos de hoje. É facin!
O grande trapezista do “Gran Circus Brasilis” não usa redes. Sérgio Moro saltará de 10 metros de altura para retirar o Coaf das mãos do Centrão e usando apenas Lorenzoni como apoio. Será um espetáculo incrível. Para o feito total Moro terá que ultrapassar 3 etapas: votação da comissão especial em que o Senador Fernando Bezerra faz papel de relator, na sequencia votação no plenário da Câmara e depois se conseguir obter a nota máxima, o plenário do Senado. Sessão só para parlamentares. Os ingressos com cargos, emendas, etc. têm o patrocínio do povo brasileiro. Vai ser um festão!
A DRU-Desvinculação das Receitas da União mecanismo fixado na era FHC deverá findar com a reforma da previdência. A razão é que ela é causa do aumento do déficit da seguridade social em mais de 60%. Um exemplo é o resultado negativo de 2018 de R$280,6 bilhões que cairia sem ela para R$171 bilhões. É óbvio que é preciso acabar e nisso se agarra quem não quer a reforma da previdência. Ocorre que o fim ajuda, mas não zera o déficit. Sem ela o déficit existiria desde a criação. Ou reforma ou nada!