Porto Velho, RONDÔNIA – Mesmo com um número menor de foliões nas ruas nos dias subseqüentes após a passagem triunfal da “Banda do Vai Quem Quer” em relação aos anos 2009-16, a cidade retomará a sua rotina normal a partir do meio dia da próxima quarta-feira 6.
Nos anos anteriores, a “Festa de Momo” obteve mais apoio do que nos últimos que antecederam aos novos gestores de Cultura do Município e do Estado cujas “mudanças drásticas na rota de investimentos oficiais”, à frente a Fundação Cultural e a Secretaria Estadual de Cultura, Esporte e Lazer (SEJUCEL) cujos mandatários decidiram não dar atenção a esse tipo de evento.
Com exceção da “Banda” – que arrasta multidões puxadas em cordões, frevos, charangas e ranchos em grupos ou isolados – o carnaval de rua este ano ficou, na opinião deste sexagenário Repórter, “a dever não sono campo da festa em si, mas na falta de geração de emprego e renda em algo menos de dois a três mil postos de trabalho”.
Do glorioso passado de Waldemar Cobra Grande a Mestre Baia, com a extinção forçada de blocos tradicionais como o “Seca Boteco” que desfilava puxando na véspera das grandes escolas (Diplomatas do Samba e Caiari, essa puxada pela saudosa Professora e ex-vereadora Marise Castiel)”, com as mudanças na rota de alguns mandatários”, os carnavais de 2017-19, em Porto Velho, há muito vem sendo extintos da cultura popular.
Ainda assim, a “Banda do Vai Quem Quer” e blocos congêneres, saídos do centro da cidade, além das escolas de samba, prometem muita diversão. Ao todo, mesmo negado o cadastro pela Fundação Cultural (FUNCULTURAL), mais de 50, por falta de apoio, deixaram de ser habilitados ao longo de 2016-19.
Do chão das avenidas Farquar e Sete de Setembro, sem aceitação do Mercado Cultural ressuscitado no governo Roberto Sobrinho por sugestão do ex-deputado Eduardo Valverde, “as brincadeiras da Festa de Momo, em todos os ritmos da luta e cultura negra, indígena, branca e de gênero, incluindo os atuais Funk, baladas e o neo-sertanejo todas as agremiações tinham apoio”, disse a acadêmica Francisca Souza da Silva, 56, da UNOPAR.
Se vista do ponto comercial, a Festa de Momo, na Capital rondoniense, “o carnaval nativo e periférico ruma para seus últimos suspiros nas arenas populares, a depender dos atuais governantes que já declinaram um não ao apoio oficial às agremiações”, afirma Francisca.
Evasivos, considerados frios e até certo ponto inapetentes intelectuais, parte dos mandatários de plantão perdem o tom da cultura dado por antecessores que só não vinham a Festa de Momo como sinônimo das extravagâncias do pecado em Sodoma e na Gomorra fatais, além das festas de Nababus ou dos babilônicos, agora, “tentam impor o fim também do tom da diversidade nas festanças populares e brasileiras ao mesmo tempo de duração de seus tronos”, afirma este Repórter.
Em que pese o mínimo apoio saído da gestão municipal, durante o período de organização e apresentação das agremiações em miúdos “favores” do tipo sonorização (caixas de som estrondadas, na maioria), gradis e banheiros locados a empresas particulares, o Carnaval de Rua deste ano feito por mais milhares de mãos, venerou o samba, o rock progressivo, o Funk, o Axê, o Neo-sertanejo e suas tradicionais marchinhas políticas em todo o País.
– E a Banda do Vai Quem Quer e o tom dado aos blocos com o fim maioral do desfile girou mundo a fora, através dos bares, quadras e arenas de ruas, arrematou a Acadêmica Francisca Souza da Silva.
Outro aspecto negativo que se registrou no vácuo oficial dentro do arco de apoio dado no passado às agremiações e retirado pelos atuais mandatários, segundo pesquisa de o NEWSRONDÔNIA “está sendo foi à desocupação na rede hoteleira, com alto refluxo de foliões que antes gastavam milhões”. Entre os mais esperados na cidade, figuram, ainda, porto-velhenses radicados em outros estados, Estados Unidos, Japão e Europa, lamentou desanimado agente de viagem.