Porto Velho (RO), centro da cidade. A região tem se tornado cartão postal da insegurança. O medo espreita a cada esquina. A droga se tornou companheira da população. Corretor de Imóveis e morador da região, Emílio Lobato narra os problemas enfrentados. De acordo com ele, “a presença dos usuários de drogas, traz também a insegurança para região”, comenta.
A insegurança maior denunciada nesta parte da cidade por comerciantes e moradores recai justamente sobre este prédio, onde até bem pouco tempo servia de instalações para o Banco BASA e o banco da borracha. O abandono do local transformou o lugar em refúgio para usuários de drogas.
“Nós já enviamos várias solicitações para a Polícia Militar que têm realizado batidas, mas não tem sido suficiente. A Associação Comercial de Rondônia fez um oficio para o dono do imóvel, mas continua parado porque não descobrimos de quem é esse prédio”, lamenta o presidente da ACR, Vanderli Oriani.
Não precisa ir longe para comprovar o que todos denunciam. Em um canto ao lado do edifício, um homem consome um cigarro de Crack. Entretido no vício, quem passa na calçada ao lado há muito tempo deixou de ser uma ameaça.
“O dono precisa fazer o fechamento dos acessos para que impeça a entrada dos usuários de drogas dentro da parte interna do ambiente. Acredito também que a Prefeitura de Porto Velho deva notificá-lo para que o mesmo alugue, venda, faça o que bem entender. O que não pode é deixar o prédio abandonado servindo de moradia e refúgio para a criminalidade”, revela, Vanderlei Oriani.
“Infelizmente esse problema traz um péssimo cenário para o centro. A região não é bem aproveitada. Na semana tem todo um movimento, os comércios estão abertos. A partir das 6 horas da tarde tudo se normaliza, no final de semana é praticamente morto. O município precisa fazer algo para aproveitar o centro nos finais de semana. Se não for o Mercado Cultural não existe mais nada por aqui”, lamenta, o corretor de imóveis.
A “drogadização” no centro e na cidade de Porto Velho virou caso de polícia. Mas para os moradores, a culpa dessa explosão da droga recaí sobre a prefeitura, por meio da secretária de assistência social e da família.
Segundo eles, o executivo municipal não vem colocando em prática os projetos e programas sociais com vista em frear essa situação.