O momento é de pesar, mas também de aborrecimento. O maior cemitério de Rondônia, o Santo Antônio na estrada que leva o mesmo nome está em meio ao mato. O cenário é desolador e desrespeitoso. Durante o enterro de um parente, uma funcionária pública desabafou.
“Isso é inadmissível. Olha a condição em que se encontra esse local. Estou enterrando um parente. Não sabemos se sairemos daqui talvez direto para o hospital. Quem nos afirma que não podemos ser picados por cobras, ou assaltados”, desabafa a servidora pública que preferiu não se identificar.
Por entre as alamedas o capim cresce livremente. Nem as lapides dos “querubins” escapam do mato. Ele tem aproveitado tanto o inverno e falta de manutenção do local, que vem encobrindo os jazigos. Em determinados trechos do campo santo é quase impossível distinguir o “arbusto” da floresta ao redor.
Estatística revela que o Cemitério de Santo Antônio, em Porto Velho, abriga em torno de 100 mil pessoas. Do total, 15 mil cadáveres estão armazenados no sistema de ossário. São aquelas pessoas em que os túmulos apresentam depredação, e que não recebem o devido cuidado dos familiares.
A limpeza dos 400 mil metros quadrados, área total do Santo Antônio é de responsabilidade da subsecretaria municipal de serviços básicos (Semusb).
Por meio de áudio celular, o administrador do Cemitério de Santo Antônio, informou que a limpeza no local vem acontecendo sim e todas as sextas-feiras. Ainda segundo ele, essa limpeza estaria acontecendo com o despejo de veneno sobre o mato.
Com relação ao arbusto, ele informou que por conta do período do inverno com as chuvas, os funcionários estão com dificuldades para manter o mato baixo. Lembramos que em alguns pontos do local, o mato chega a medir mais de 2 metros.