Na foto tirada pelos próprios indígenas, os Uru-Eu-Wau-Wau se armam para expulsar os invasores. Informações dão conta de que são pelo menos 40 grileiros.
Os homens estariam fortemente armados e ameaçando os índios da etnia, caso se oponham a permanência deles dentro da terra.
coordenadora da Ong Kanindé/Ro, Ivaneíde bandeira
“Essa invasão agora está em baixo da placa da Funai. É na entrada das aldeias ameaçando diretamente, a vida dos indígenas”, informa a coordenadora da Ong Kanindé/Ro, Ivaneíde bandeira.
Para a coordenação da ONG Kanindé e Povos indígenas do Estado, e Comissão da Pastoral da Terra (CPT/RO) os grileiros não estariam agindo sozinhos.
Grandes latifundiários e até políticos podem estar envolvidos por trás das invasões as terras do “Uru-Eu-Wau-Wau” no município de Governador Jorge Teixeira. As autoridades já estariam cientes do problema.
coordenadora da Comissão da Pastoral da Terra/CPT/RO, Maria Petroníla
“Se fosse o caso de uma ou cinco famílias que entrassem nas terras indígenas era mais fácil para o Estado desvendar. Mas como se trata de um grupo maior, com uma força econômica muito grande, evidentemente que será muito mais difícil”, acredita a coordenadora da Comissão da Pastoral da Terra/CPT/RO, Maria Petroníla.
As terras dos Uru-Eu-Wau-Wau em Rondônia estão dentro do parque nacional dos Pacaás novos, uma área equivalente a 1.867.117 hectares.
Cortam 11 municípios rondonienses, além de guardar as principais nascentes dos rios e igarapés que abastecem a bacia do estado. Outra importância da Resex e que ela ainda abriga três povos indígenas isolados.
Essa não seria a primeira invasão as terras indígenas dos índios Uru-Eu-Wau Wau em Rondônia. E muito menos em anos anteriores. Mas nesse caso chama atenção das ‘ONG’S’ que cuidam da questão indígena a audácia dos invasores, aliada a uma possível certeza da impunidade.
coordenador dos povos Indígenas de Rondônia, William Gavião
“Já comunicamos as autoridades, segundo eles vão tomar providências”, relata o coordenador dos povos Indígenas de Rondônia, William Gavião.
“Antes eles invadiam longe das aldeias, agora eles estão se achando cheios de autoridades e achando que a lei não existe que os órgãos não funcionam”, destaca a coordenadora da Ong Kanindé/Ro, Ivaneíde bandeira.