Numa declaração conjunta hoje divulgada em Bruxelas, os comissários europeus Carlos Moedas (Investigação, Ciência e Inovação), Neven Mimica (Cooperação Internacional e Desenvolvimento) e Elzbieta Bienkowska (Mercado Interno, Industria, Empreendedorismo e PME) manifestam satisfação "por ver este cabo intercontinental tornar-se uma realidade".
"A América Latina e a Europa nunca estiveram tão bem conectadas. A nova autoestrada de dados digitais vai apoiar a inovação com vista a melhores serviços de observação da Terra, será um passo em frente na criação de uma área de investigação comum UE-América Latina, e vai ajudar a colmatar o fosso digital entre América Latina e a Europa e dentro da região, com potencial para uma colaboração ainda maior nos anos que se seguem", declaram os comissários.
Em agosto do ano passado, um grupo de 11 redes de investigação e educação europeias e latino-americanas assinou o acordo para a construção do cabo de fibra ótica submarino "Ellalink" no Atlântico, que ligará Europa e América Latina através de Portugal e Brasil, designadamente Sines e Fortaleza, para estar operacional em 2020.
De acordo com o executivo comunitário, o total de recursos mobilizados para este projeto é na ordem dos 53 milhões de euros, contribuindo a Comissão Europeia com 26,5 milhões, através de fundos do programa científico da UE, o "Horizonte 2020", do programa "Copérnico" e do instrumento regional de Desenvolvimento e Cooperação, sendo os restantes assegurados pelos outros membros do consórcio, do Brasil, Chile, Colômbia, Equador, França, Alemanha, Itália, Espanha e Portugal.