Na Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp), localizada na Zona Sul de Porto Velho (Ro), está equipe da lei Maria da Penha está de prontidão.
“São policiais militares com perfil “psicográfico” para trabalhar nessa área, passaram por um treinamento de 30 dias, cursos a distância pelo senasp, atividades práticas do 5º batalhão”, destaca o Wilton Nascimento Moura, comandante do 9º BPM/PHV/RO
Na rua Pistom no Bairro Cidade dos Funcionários a guarnição cumpre mais uma visita domiciliar. Neste caso se o suspeito de agressão tem respeitado a medida proteção judicial.
“No caso ela (mulher) entrou com a medida protetiva ao ex-marido. A princípio mulher diz que ele tem cumprido com a medida. E devido ao cumprimento ela entrou com o pedido de revogação”, informa a patrulheira, Cleidinara Rocha.
Na Zona Sul de Porto Velho, os serviços da patrulha Maria da Penha não param desde que a fiscalização começou, a pouco mais de mês.
Além da Zona Sul que é coordenada pelo 9º batalhão da polícia militar a patrulha maria da penha é uma realidade também na zona leste e está sob o comando do 5º batalhão. As fiscalizações a cargo das duas equipes são estarrecedoras. Na soma geral o montante vem ultrapassando as 700 medidas protetivas. Número que choca até quem já esteve do outro lado.
“Eu já estive do lado da mulher que sofreu a violência doméstica. As pessoas ainda veem… A sociedade ainda é muito machista em relação a esse tipo de coisa. Ela acredita que a mulher apanha porque gosta. Na verdade, ela (mulher) não tem forças para sair da relação. As vezes por vergonha, as vezes por medo. O agressor (homem) não apenas bate ele também ameaça de morte a vítima”, recorda a patrulheira e policial militar que também já sofreu com crimes relacionados a violência a mulheres.
Mesmo com as medidas protetivas impostas pelo juízo, homens suspeitos de agredir as esposas vêm retornado a cena do crime. E o pior, ameaçando as vítimas. Nestes episódios a polícia não descarta a prisão dos infratores.
“Eu digo para eles (homens) para que eles coloquem a barba de molho. Eles sabem que a Polícia Militar está aí para fiscalizar. Não estamos aqui para assustar, mas também não admitimos este tipo de violência. Quando você comete uma violência contra a sua família você mostra o desrespeito que você tem contra você mesmo. Se você não respeita a sua família, dirá a sociedade na qual vive”, afirma o comandante Wilton nascimento Moura.
Por meio do telefone 180 ou 190 as mulheres podem denunciar as agressões. A presença das equipes da patrulha maria da penha tem dado mais segurança as vítimas.
“Elas falam que com a patrulhas elas se sentem mais seguras”, disse a patrulheira.
Quando o assunto é a violências contra as mulheres, o estado de Rondônia é particularmente intimo no ranking brasileiro. Em 2017, cerca de 2 mil rondonienses solicitaram da justiça medidas protetivas, mas a quem questionem os números.