“Ao simular desconhecimento, Alckmin reforça a impressão de que, em política, o pior cego é o surdo, que se recusa a ouvir”. – Jornalista Josias de Souza sobre os escorpiões tucanos.
1-Eleição cítrica
Pelo andar da mula veia, a eleição deste ano se dará entre um laranja e um limão. Convenhamos que nenhum dos dois serve aos propósitos do Brasil.
Sobra o limão azedo e desconhecido e a aposta dos bolsonaristas é que do limão pode sair a caipirinha para embebedar a todos por quatro anos. Entre a dúvida com a laranja maléfica e o limão travoso, iremos às urnas com a certeza dos bois quando vão para o abate: nós vamos morrer de novo!
2-A morte da terceira via
Gorou a reunião entre candidatos de centro, proposta pelo jurista Miguel Reale Junior. Dos quatro convidados dois – Marina e Meireles – refugaram após a divulgação das pesquisas que mostraram Alckmin patinando. Alckmin e Alvaro Dias ficaram para ajudar a apagar a luz da sala.
Ciro não foi chamado já que havia rejeitado a proposta de união em torno do Alckmin, feita por FHC, dizendo: “é mais fácil boi voar de costas” – e Amoedo recusou o convite feito de pronto. Um sonho desfeito.
3-Guera de pesquisas I
Enquanto os tradicionais institutos de pesquisas mostram resultados muito próximos, dentro da tal margem de erro, a pesquisa da FSB feita com metodologia diferente, – telefone – encomendada pelo Banco BTG Pactual revela outros números. Pela FSB Bolsonaro tem 33% e Haddad salta a 23%.
Ciro está em terceiro com 10% Em eventual segundo turno Bolsonaro só vence Marina e empata com os restantes. Sobre a rejeição, Marina dispara com 60% e Bolsonaro empata com Haddad, Eymael e Meireles todos com 48%. Ciro e Alckmin tem 47%. A pesquisa está aqui.
4-Guerra de pesquisas II
Novo relatório da consultoria Eurasia, a maior consultoria de risco político do mundo aponta vitória de Bolsonaro sobre Haddad no segundo turno, com 55% dos votos. Já para Ibope, na pesquisa divulgada ontem, a aposta é de vitória do petista com 43%.
Na marcha seguida pelo próprio Ibope, na pesquisa anterior indicava um empate entre os candidatos. Para a Eurásia, a rápida melhora do estado de saúde de Bolsonaro aumenta suas chances. Há mais um fator, o mercado é mais reticente a Haddad e as recentes intervenções de Bolsonaro falando – ele mesmo – sobre CPMF e a economia defizeram o medo do boi da cara preta, o que se percebe também entre eleitores.
5-Um cidadão acima da lei
A presidente do PT discordou do recuo do candidato Haddad sobre o indulto do “redivivo”: “Eu não veria problema nenhum em o presidente eleito dar indulto ao presidente Lula. É absolutamente normal. Mas nós vamos respeitar a decisão do presidente. Se ele não quer, nós vamos aceitar. Mas não haveria problema nenhum em fazê-lo.” E mais, “indulto é uma previsão constitucional e ele tem que ser colocado em liberdade o mais cedo possível”. Já pensou se a moda pega?
