Agnaldo Araújo Nepomuceno, 50 anos, casado, dois filhos, natural de Ji paraná/RO, policial militar da reserva; Advogado formado pela Faculdade de Rondônia – FARO; Especialista em Docência Universitária pelo Instituto Luterano de Ensino Superior – ULBRA; Professor Universitário de Direito Constitucional; Estudioso do Direito do Consumidor; Ex Vereador em Porto Velho; Ex Secretário Municipal em Porto Velho; Ex chefe de Gabinete do deputado estadual Só na Bença
Agnaldo fale um pouco das suas origens! Eu nasci na zona rural de um pequeno Município do Estado do Paraná, chamado Goioerê, minha mãe era mãe solteira e por esta razão meus avôs paternos não me aceitaram, assim fui doado para uma família de agricultor que passava pela região. Esta família na década de 70 veio para Rondônia em busca de terras para trabalhar e fixou residência na zona rural da então Vila de Rondônia, atualmente Ji Paraná. Até aos 18 anos, trabalhei na agricultura, mas sempre sonhando um dia ser advogado e político. Aos 18 anos fui fazer meu registro de nascimento, razão pela qual, me registrei como filho de Rondônia.
Como foi sua infância e adolescência? Minha família era muito humilde, todos praticamente analfabetos, passavam por grandes dificuldades, mas era um lar cristão com muito respeito e regras. Aos sete nos já ia com meu pai trabalhar na roça. Na época não havia escola, energia elétrica, telefone, somente um rádio velho. Quando podíamos comprar pilhas, nossa diversão era ouvir os programas de rádio. Mas eu desde pequeno sonhava em sair de lá, vir morar na cidade estudar ter uma vida diferente. Quando ouvia o então deputado federal Jerônimo Santana fazer seus discursos pela radio Nacional de Brasília eu falava para minha mãe, um dia serei um deputado federal igual este homem.
Com que idade você saiu do campo para a cidade? Aos 18 anos, vim para Porto Velho servir o Exército Brasileiro, depois ingressei na Policia Militar onde servi por dez anos. Em 1996 ganhei as eleições para Vereador em Porto Velho, em 2000 conclui meu curso de Direito e passei a exercer a profissão. Depois ingressei no magistério tendo trabalhado por muito tempo da faculdade UNIRON. Em 2010 assumi como secretário municipal em Porto Velho. Em 2015 assumi o cargo de chefe de gabinete do Deputado Estadual Só na Bença. Aprendi muito em todos os cargos que ocupei.
Você tem um livro. O que você conta no seu livro? E porque escreveu o livro “A força de um ideal”? O livro foi escrito com objetivo de contar minha historia e incentivar outras pessoas a lutar por uma vida melhor. Vejo tantos jovens que tem tudo nas mãos, mas se perdem nos caminhos errados. Eu faço um trabalho nas escolas há mais de vinte anos, levando uma palavra de encorajamento a estes estudantes. Já distribuí mais de 45 mil livros, é minha missão é dizer às pessoas que é possível vencer na vida, basta acreditar verdadeiramente em Deus e trabalhar duro.
E seus pais adotivos? Meus pais adotivos são falecidos. Os últimos anos de vida deles viveram comigo, dei a eles tudo que podia, cuidei com todo amor, pois fizeram por mim o que não tinham obrigação de fazer.
Você encontrou alguém de sua família de sangue? Em 2005 eu encontrei tias e primos por parte de pai, moram atualmente em São Paulo, mas por parte de mãe nunca encontrei ninguém. Já procurei muito, até o Governo do Paraná ajudou na procura, mas, ainda não obtivemos sucesso.
Em algum momento você sentiu algum tipo de ressentimento pelo que aconteceu com você? Nunca, pelo contrário, eu sou imensamente grato a Deus por tudo que tem me proporcionado. Agradeço minha mãe por ter me gerado e agradeço muito a família que me criou, foram realmente meus pais em todos os sentidos. Os bons princípios que me ensinaram servem de base para todas as atividades que desenvolvo. Eu não tenho nada a reclamar somente tenho a agradecer.
Porque você pretende disputar uma vaga para o cargo de Deputado Federal? Primeiro por ser um objetivo desde criança, é uma missão. Segundo me preparei para o exercício do cargo. Hoje o país enfrenta uma crise moral, ética, uma inversão de valores, uma corrupção louca, eu não concordo com nada disso, isso tudo me incômoda muito, e quando algo nos incomoda ou cruzamos os braços e aceitamos calados ou levantamos a cabeça para tentar mudar, e eu entendo que posso ajudar no processo de mudança.