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Os bancários que atuam no Banco da Amazônia em Rondônia, a exemplo do que vem ocorrendo em vários outros estados onde a instituição existe, rejeitaram aquela que se anunciou como uma ‘nova proposta’ e vão continuar de braços cruzados até que uma proposta decente seja apresentada e que dê maior valorização aos funcionários.
A decisão foi tomada – sem voto contrário - na manhã desta sexta-feira, 21, em assembléia geral realizada na Praça Getúlio Vargas, em frente ao banco, no Centro de Porto Velho, em encontro que contou com a participação dos trabalhadores em greve e com diretores do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia – SEEB/RO.
De acordo com a diretora financeira do SEEB/RO, Maria do Socorro, esta proposta, que foi apresentada ontem pelo banco, não traz novidade alguma, apenas com um diferencial no índice de reajuste para o piso de ingresso.
“A única diferença para a proposta que foi apresentada anteriormente é o reajuste de 21,32% no salário de quem for contratado agora, enquanto que os demais funcionários, mesmo aqueles que estão há anos atuando no banco, receberiam apenas os 9% de reajuste oferecidos e aprovados na proposta da Fenaban, o que, novamente, demonstra a falta de valorização com os trabalhadores”, avalia Socorro, que também é funcionária do Banco da Amazônia.
Mas, para a dirigente sindical, o maior gargalo desta negociação é a não implementação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), que está defasado há muitos anos e que impede a isonomia com os índices dos demais bancos públicos e que, novamente, sequer foi mencionado na proposta apresentada pelo banco.
“Não vimos avanço algum que possa corrigir esta distorção perante os outros bancos federais e este índice de reajuste oferecido para quem for contratado agora é uma verdadeira anomalia, pois oferece, por exemplo, um salário de R$ 1.520,00 para quem entrar agora enquanto que um funcionário que está há tantos anos no banco continua ganhando um salário de R$ 1.250,00”, destaca Socorro.
“Ora, se for assim é mais fácil pedirmos demissão e fazer um novo concurso, a fim de ganhar mais do que ganhamos agora”, disparou o bancário Júnior Rodrigues, que tem 9 anos de Banco da Amazônia.
O presidente do SEEB/RO, José Pinheiro, entende que a luta dos bancários do Banco da Amazônia é legítima e justa. No entanto, lembra que a manutenção da greve por muito tempo pode obrigar a um dissídio coletivo, que pode culminar com um julgamento no Tribunal Superior do Trabalho (TST) que, por sua vez, pode não atender às reivindicações dos trabalhadores.
“É um risco a se correr. No entanto, sabemos que esta batalha é por um sentimento de justiça com estes trabalhadores, muitas vezes vistos como os primos pobres dos bancos públicos e, por isso mesmo, o Sindicato vai continuar apoiando a luta deles”, detalhou Pinheiro.
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